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Thomaz Belluci

No ano da aposentadoria de Gustavo Kuerten, o jovem Thomaz Bellucci aparece para devolver esperanças ao tênis brasileiro. Aos 20 anos, o paulista de Tietê (SP) está atualmente entre os 80 primeiros do ranking mundial da ATP.

Após cair da 67ª posição ao ser eliminado, em julho, do Torneio de Indianápolis, nos Estados Unidos, pelo colombiano Alejandro Falla, ele se estabeleceu na 77ª colocação derrotando o argentino Carlos Berlocq na primeira rodada de Umag.

Para conseguir uma vaga em Pequim, ele conseguiu se manter entre os 70 melhores tenistas na semana de 9 de junho, quando foram definidas as vagas olímpicas.

Vale lembrar que a classificação é dada aos 56 primeiros do ranking, mas cada país pode levar no máximo quatro atletas. Assim, sobram vagas para tenistas com posições mais baixas, já que algumas nações têm mais de quatro jogadores entre os melhores.

A boa colocação no ranking da ATP se deve ao excelente desempenho em torneios inferiores, como os challengers. Só em 2008, foram quatro títulos.

Piso sintético

Novato em uma Olimpíada, Bellucci é perito no saibro e deve ter dificuldades para jogar nas quadras sintéticas usadas em Pequim. Foi exatamente no saibro que ele estreou em Roland Garros, com derrota para o quase imbatível Rafael Nadal, em maio de 2008.

Mas obstáculos são normais na carreira do tenista. Em 2004 e 2006, Bellucci sofreu operações no joelho por conta de um desgaste na cartilagem, o que retardou o início da sua carreira. Trajetória que começou aos 15 anos, incentivada pelos pais e pelo sucesso de Guga, tricampeão de Roland Garros.

Para sonhar mais alto em Pequim o jogador deve se inspirar na participação de Fernando Meligeni nos Jogos de Atlanta 1996, quando Fininho terminou em quarto lugar.