Reinaldo Marques/Terra

Marta Silva

Marta Vieira da Silva é dona de uma vasta coleção de títulos, mas ainda resta a lacuna do ouro olímpico para esta alagoana de Dois Riachos. Há quatro anos, nos Jogos Olímpicos de Atenas, ela esteve no time que perdeu a decisão para os Estados Unidos.

Desde então, a jogadora ganhou reconhecimento e mostrou para o mundo que pode levar o futebol feminino do Brasil ao patamar mais alto do esporte.

Trajetória

Quando criança, Marta sofreu com o preconceito dos garotos até mostrar que tinha potencial para ganhar a vida com a bola nos pés. Em uma carreira meteórica, a jogadora começou no time feminino do CSA, em Maceió, e aos 14 anos já estava no Rio Janeiro para vestir as cores do Vasco.

Três anos mais tarde, a meia-atacante recebia a medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos de Santo Domingo e jogava sua primeira Copa do Mundo, nos Estados Unidos.

A filha de Dona Terezinha ajudou o Brasil na conquista da medalha de prata em Atenas 2004. Em uma sofrida derrota, o Brasil sucumbiu diante das norte-americanas no final da prorrogação. Mas o desempenho de Marta rendeu um bom contrato com um dos principais times da Europa, o Umea UK, da Suécia.

Com 20 anos, depois de conquistar o título sueco por dois anos seguidos, foi eleita a melhor jogadora do mundo pela Fifa.

Mais recentemente, Marta ganhou novamente o ouro no Pan-Americano do Rio de Janeiro 2007 e foi artilheira da competição com 12 gols. Com a habilidosa perna esquerda, ela ainda levou o Brasil à final da Copa do Mundo da China.

A Seleção Brasileira perdeu por 2 a 0 para a Alemanha, mas Marta foi novamente artilheira com sete gols e escolhida a melhor jogadora do torneio.

No final de 2007, a alagoana ganhou, pela segunda vez consecutiva, a eleição da Fifa de melhor jogadora do mundo. Em 2008, Marta levou o Umea ao vice-campeonato da Copa da Uefa, principal competição européia.