Com uma das melhores marcas em sua especialidade, Maurren Higa Maggi é uma das favoritas à medalha de ouro do salto em distância nos Jogos Olímpicos de Pequim. Depois de ficar fora da Olimpíada de Atenas por doping, a paulista de São Carlos retomou o caminho das vitórias e chega em excelente condição à China. Maurren ficou conhecida entre os brasileiros após conquistar a medalha de ouro no Pan-Americano de Winnipeg 1999, no Canadá. No ano seguinte, na Olimpíada de Sidney, ela ficou apenas na 25ª colocação. A pouca experiência em competições internacionais e a pressão prejudicaram a saltadora brasileira. Em 2003, às vésperas do Pan-Americano de Santo Domingo, Maurren foi suspensa pela IAAF (Associação Internacional de Federações de Atletismo), acusada de doping. Ela tinha a melhor marca da temporada, com 7,06m no salto. Foi detectada a presença de clostebol, substância presente em um creme cicatrizante que teria sido utilizado pela atleta após uma sessão de depilação. Afastada, ela chegou a anunciar o fim da carreira e foi morar em Mônaco com o piloto Antônio Pizzonia, com quem teve uma filha, Sophia. Mas Maurren Maggi voltou ao esporte em 2006. No ano seguinte, ela subiu novamente no ponto mais alto do pódio ao conquistar a medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro. A atleta superou a compatriota Keila Costa, que ficou com a prata. Em 2008, Maggi fica próxima da melhor marca de sua carreira e chega a Pequim com boas chances de medalha. No Mundial Indoor, na Espanha, ela ficou com a prata após um salto de 6,89m. A pouco mais de um mês do início da Olimpíada, executou um salto de 6,99m, o novo recorde sul-americano. A marca de Maurren foi a segunda melhor do ano, atrás apenas da russa Luydmila Kolchanova, com 7,04m.