Divulgação: Gaspar Nóbrega/COB

Juliana Veloso

A experiente Juliana Veloso vem de uma família com tradição nos trampolins. Aos sete anos, trilhou o mesmo caminho dos pais e do irmão, e aprendeu a saltar com as próprias pernas: a carioca chega à sua terceira Olimpíada aos 27 anos para defender o Brasil na plataforma de 10m.

Os saltos ornamentais tiveram forte concorrência antes de se tornar o esporte principal da atleta olímpica. A lista de modalidades que praticou é extensa: natação, balé, vôlei, futsal, futebol society, judô, taekwondo, basquete, ginástica olímpica e ginástica acrobática.

Aos dez anos tomou a decisão: decepcionada com os resultados do Brasil na modalidade, passou a se dedicar exclusivamente ao salto.

Trajetória

A atleta de 1,60m galgou degraus mais baixos em suas últimas experiências olímpicas. Não passou da 19ª posição na plataforma e do 35º lugar no trampolim em Sidney 2000. Já em Atenas 2004, o resultado foi um pouco melhor, com o 18º lugar no trampolim e o 16º na plataforma.

Os resultados contrastam com o desempenho obtido em seis participações no Torneio Sul-Americano. O ouro na plataforma foi dela em 1996, 1998, 2000, 2002, 2004 e 2006.

Entre uma competição e outra, Juliana começou a projetar o esporte brasileiro para o mundo. Em 2001, tornou-se a primeira atleta do País a decidir uma final em um Campeonato Mundial, na cidade de Fukuoka, no Japão.

O histórico em Jogos Pan-Americanos também mostra sua evolução no salto. Após passar em branco na estréia em Winnipeg 1999, mordeu a prata na plataforma de Santo Domingo, em 2003, dando ao esporte brasileiro sua primeira medalha da modalidade no Pan. Arrematou a conquista com o bronze no trampolim de 3m.

No torneio continental sediado no Rio de Janeiro, em 2007, ficou em terceiro lugar, novamente em sua especialidade, a plataforma. O lugar no pódio surpreendeu a saltadora, que quase desistiu da prova por causa de uma fratura por estresse no pé.