FIVB

Marianne Steinbrecher

Mari passou calada diante do banco de reservas e sentou-se no chão sem falar com ninguém, decepcionada por não poder ajudar mais suas companheiras em sua primeira Olimpíada, a de Atenas 2004.

Foi assim que a jogadora de 19 anos reagiu ao ser tirada da disputa do bronze contra Cuba pelo técnico da Seleção Brasileira feminina de vôlei, José Roberto Guimarães.

O Brasil foi derrotado pela seleção oponente e maior rival na esfera da modalidade por 3 sets a 1 e terminou em quarto lugar, após perder a oportunidade de disputar o ouro para a Rússia.

Na semifinal, mesmo jogando no sacrifício, levando a mão ao estômago como se estivesse com dor, a atacante deitou 37 bolas na quadra adversária, mas falhou no último ponto, que deu a vitória às russas.

Presente no fracasso da Seleção nos Jogos da Grécia, Marianne Steinbrecher chega mais experiente a Pequim. Aos 24 anos, é uma das principais apostas na luta por uma medalha olímpica.

Descendente de russos e alemães, Mari nasceu em São Paulo, mas ainda criança foi para o interior do Paraná. Começou a jogar na cidade de Rolândia por indicação médica, para felicidade do treinador do Grêmio Londrinense-PR, que logo a viu crescer para o vôlei.

Transferiu-se para o Finasa/Osasco e ficou na reserva até ter a chance de substituir a experiente Leila. Quando a oportunidade no time titular surgiu, ela agarrou: foi destaque da equipe jogando como oposto na temporada 2003/04 da Superliga.

Com a camisa da Seleção, Mari conquistou o Grand Prix de vôlei em 2004, 2006 e 2007. O mais recente ouro no torneio veio em julho de 2008, no Grand Prix do Japão.