Divulgação: Márcio Rodrigues/FOTOCOM

Kaio Márcio Almeida

O paraibano Kaio Márcio chega à sua segunda Olimpíada com a fama de atleta avesso à modernidade. Não quis se mudar para os Estados Unidos para treinar e evitou suplementos alimentares e musculação o quanto pôde.

Márcio, 24 anos, começou a nadar aos nove, como forma de tratamento para asma. A adaptação ao esporte, entretanto, não foi fácil e o fez pensar em desistir da carreira para jogar pólo aquático – modalidade praticada pelo pai, José Márcio de Almeida, ex-jogador da Seleção Brasileira.

Água fresca

O curso da vida comedida que leva em João Pessoa, na Paraíba, é entrecortado por suas conquistas na piscina, como o recorde mundial dos 50m nado borboleta em piscina de 25m. A marca de 22s60 foi registrada em dezembro de 2005, nas finais do Campeonato Brasileiro, disputado em Santos.

O nadador se mostra especialista no nado borboleta em piscina curta. Nos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro 2007, foi medalha de ouro nos 100m e 200m, estabelecendo novos recordes continentais, com 52s05 na primeira prova e 1min55s45 na segunda. Além disso, faturou a prata no revezamento 4x100m medley com a equipe brasileira.

Combustível

Movido a rapadura e caldo-de-cana, ele terá a chance de apagar o mau desempenho da sua estréia em Atenas 2004, quando foi desclassificado na rodada classificatória.

Nos Jogos de Pequim, ele disputa duas provas no nado borboleta (100m e 200m) e no revezamento 4x100m medley.

Seu nome começou a ganhar projeção em 2003, no Pan-Americano de Santo Domingo, com a prata nos 200m e o bronze nos 100m borboleta.