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Joanna Maranhão de Melo

Aos 21 anos, Joanna Maranhão alterna em sua vida esportiva conquistas e superações. Sua história como esportista nasce com a mãe tentando prevenir que a filha de três anos tivesse asma como o irmão. Aos 12 anos, a carreira dava seus primeiros passos – ou braçadas – ao transferir-se para o Nikita/Sesi.

Há quase dois anos, Joanna enfrentou um momento difícil na carreira, quando perdeu seis quilos, depois de uma operação na amídala e no nariz.

No Pan-Americano do Rio de Janeiro 2007, Joana não conquistou medalhas. A atleta chegou a afirmar que a CBDA (Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos) teria deixado de apoiá-la por conta de sua fase ruim, marcada pelo mau desempenho no Mundial de Natação de 2005.

Vale lembrar que foi em um Pan que Joanna despontou no esporte, com o bronze em Santo Domingo 2003.

Contra a correnteza

No início de 2008, enfrentou nova turbulência fora das piscinas. A recifense iniciou uma batalha na justiça contra seu ex-técnico, Eugênio Miranda, o qual acusou de tê-la abusado sexualmente quando a atleta tinha nove anos.

Coincidentemente, os índices olímpicos foram alcançados após o desabafo. A vaga para participar dos 200m borboleta, prova que não é sua principal, foi conquistada em um Grande Prêmio em Stanford, na Inglaterra.

Seu estilo principal, os 400m medley, foi assegurado na seletiva do Rio de Janeiro, em maio de 2008. A pernambucana completou o percurso abaixo dos 4min45s08 necessários. Ela cravou 4m44s66 no Troféu Maria Lenk.

No seu batismo olímpico, Atenas 2004, Joana foi quinta colocada nos 400m medley. Ao lado de Flávia Delarolli, a pernambucana quebrou um tabu de 56 anos do Brasil sem mulheres em uma final olímpica. Piedade Coutinho havia sido a última a conseguir o feito em Londres 1948.